Configurações: Revista de Ciências Sociais
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<p>A <em><strong>Configurações: Revista de Ciências Sociais</strong></em> é um dos meios ao dispor de investigadores nacionais e estrangeiros para a divulgação de trabalhos de sociologia e de áreas afins das ciências sociais. Trata-se de uma publicação que ambiciona atingir elevados padrões de qualidade, dispondo de arbitragem científica externa e com um Conselho Consultivo e Científico formado por cientistas sociais conceituados a nível nacional e internacional. É editada pelo <a href="http://cics.uminho.pt/?lang=pt">Centro Interdisciplinar de Ciências Sociais - Polo da Universidade do Minho.</a></p>Centro Interdisciplinar de Ciências Sociais (CICS.NOVA.UMinho)pt-PTConfigurações: Revista de Ciências Sociais1646-5075<p>https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/legalcode.en</p>A invenção do luto saudável: repercussões para a experiência de pais e mães enlutados
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<p>O artigo propõe-se verificar empiricamente as repercussões do conceito de luto saudável, identificando os efeitos da medicalização do luto para a experiência de pais e mães que perderam os seus filhos. Para tanto, utiliza uma abordagem qualitativa e microssocial, com dados coletados por meio de 33 entrevistas semiestruturadas. Os dados foram analisados através de técnicas de análise de conteúdo e revelaram que a lógica médica de apreensão do luto não se impõe de modo homogêneo, havendo resistência por parte dos enlutados em conceber seu sofrimento exclusivamente por este viés.</p>Luis Henrique Fuck Michel
Direitos de Autor (c) 2025 Luis Henrique Fuck Michel
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2025-06-182025-06-1835107128Ecologizar o urbanismo: um diálogo oportuno entre Bruno Latour e Jean Rémy
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<p>O enfoque no urbanismo ecológico desafia as conceções existentes de planeamento urbano. Neste artigo, defendemos que um quadro articulado entre a ecologia política de Bruno Latour e o conceito de transação social de Jean Rémy pode ajudar a conceber um planeamento mais participativo. Sugere-se que as duas abordagens teórico-analíticas, quando combinadas, permitem considerar que a sociedade é composta por redes de associações que são alimentadas e transformadas por transações sociais, fornecendo um ponto de entrada analítico para a compreensão do papel que as cidades ocupam na crise ecológica e climática.</p>Domingos Vaz
Direitos de Autor (c) 2025 Domingos Vaz
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2025-06-182025-06-1835129150Pachukanis e a crítica marxista ao Direito: Teoria geral do Direito e marxismo cem anos depois
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<p>O projeto pachukaniano de uma crítica marxista ao Direito dependeu da expectativa de supressão das relações jurídicas (e da troca mercantil como tal), sendo preciso considerar os posicionamentos do autor como parte de um projeto revolucionário, que, em sua principal obra, entendeu que a supressão do Direito era necessária e próxima. <em>Teoria geral do Direito e marxismo</em> propõe tarefas não cumpridas completamente pela obra centenária do autor, que são bastante localizadas na história revolucionária do século XX e estão ligadas à tese sobre o caráter proveitoso de uma crítica marxista à teoria geral do Direito. Assim, é preciso enxergar os méritos e as aporias da crítica marxista ao Direito inspirada em <em>Teoria geral do Direito e marxismo</em>.</p>Vitor Bartoletti Sartori
Direitos de Autor (c) 2025 Vitor Bartoletti Sartori
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2025-06-182025-06-1835151178Nota Editorial: “Género e Desigualdades: Desafios Contemporâneos"
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<p>-</p>Dalila CerejoAna Paula GilNuno Ferreira Dias
Direitos de Autor (c) 2025 Dalila Cerejo, Ana Paula Gil, Nuno Ferreira Dias
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2025-06-182025-06-18350712#EuVivo – (des)Ordem em torno do conceito de violência obstétrica e da sua criminalização em Portugal
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<p style="text-align: justify;">A criminalização da violência obstétrica é uma das reivindicações dos movimentos sociais pela humanização do parto. A Organização Mundial da Saúde (OMS) reconhece a existência de maus-tratos nos cuidados de saúde sexual e reprodutiva, considerando-os um fenómeno global. Em Portugal, houve uma tentativa de avançar com a criminalização da violência obstétrica, algo que foi contestado pela Ordem dos Médicos (OM) e, nessa sequência, levou à criação de um movimento social pelo reconhecimento deste problema. Este artigo pretende analisar a resposta da OM à luz da literatura existente e relata a criação do movimento #EuVivo, como forma de valorização dos movimentos sociais contra a violência obstétrica.</p>Laura Brito
Direitos de Autor (c) 2025 Laura Brito
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2025-06-182025-06-18351332Silêncios desvelados: experiências de revelação de vitimização sexual de homens durante a infância e/ou adolescência
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<p style="text-align: justify;">Este artigo analisa o processo de revelação da vitimização sexual por homens durante a infância e/ou adolescência. Foram entrevistados treze homens, residentes em Portugal, com idades entre 25 e 63 anos, e os dados foram analisados por meio de uma análise de conteúdo temática. Os resultados mostram que o compartilhamento dessa experiência é frequentemente adiado por anos devido a fatores como autoculpabilização e medo de revitimização e descredibilização. Em contrapartida, a maturidade, o apoio emocional e a intimidade nas relações interpessoais facilitam a revelação. O desalinhamento com a masculinidade normativa emerge como um fator central nesse processo, reforçando as barreiras socioculturais à comunicação da vitimização.</p>Joana Teixeira Ferraz da SilvaAna Maria BrandãoJean Von Hohendorff
Direitos de Autor (c) 2025 Joana Teixeira Ferraz da Silva, Ana Maria Brandão, Jean Von Hohendorff
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2025-06-182025-06-18353360Elaborando um guião para as emoções dos estudantes por meio da socialização de género e das emoções
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<p>Reconhecer o impacto prejudicial que os estereótipos de género têm no desenvolvimento social e emocional e na educação das crianças (Fawcett Society, 2020; King <em>et al</em>., 2021) é essencial para criar um processo de desenvolvimento positivo. Utilizando uma lente de socialização de género e emoção, este estudo preliminar investiga a expressão de estereótipos de género e regras de sentimento nas interações escolares. Com base na teoria da performatividade de género de Judith Butler (1979, 2006) e nos conceitos de regras de sentimento e trabalho emocional de Arlie Hochschild (2012), foi realizado um estudo etnográfico numa escola primária portuguesa na primavera de 2023. Os dados preliminares observaram regras de sentimento e estereótipos de género no discurso da sala de aula, no materiais aprendizagem e nas ações dos estudantes.</p>Rebecca JudehDalila Cerejo
Direitos de Autor (c) 2025 Rebecca Judeh, Dalila Cerejo
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2025-06-182025-06-18356182A persistência de desigualdades na distribuição do trabalho não pago: uma contribuição exploratória
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<p>Este artigo analisa se, e em que medida, persistem desigualdades de género na distribuição do trabalho doméstico não pago entre os europeus mais jovens e com educação superior, segmentos da sociedade onde os ideais de igualdade de género estão particularmente presentes. Explorando dados do<em> International Social Survey Program</em>, mostramos que esta desigualdade persiste de forma significativa, o que nos conduz ao desenho de um conjunto de hipóteses que visam contribuir para o esforço da análise deste fenómeno. Este quadro de hipóteses chama a atenção para a importância de se considerar analiticamente a sobrevivência cultural, ainda que de forma mitigada, modificada e difusa, de aspectos relevantes do modelo do <em>male breadwinner.</em></p>Miguel ChavesAna Lúcia TeixeiraMaría Dolores Martín-LagosMarta Donat
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2025-06-182025-06-183583106